A artista Luzia Simons participa da 13ª Bienal do Mercosul que ocorre até o dia 20 de novembro de 2022, em Porto Alegre.
Trauma, sonho e fuga, formam a linha narrativa para as obras expostas na Bienal deste ano. Luzia Simons participa com a instalação “Depois disso, as flores (2022)” que trata dos rituais que foram negados à maioria das pessoas neste período entre guerras e pandemias. A obra é uma alusão aos símbolos florais tão utilizados nos rituais de boas vindas e despedidas. Milhões morreram sem que as cerimônias consolativas de adeus pudessem ser realizadas
Os tecidos, por razões históricas e culturais, são vestiduras em que se envolvem os corpos dos mortos. O mais pesado, o linho, como uma regência à perseverança, e o mais leve, a seda, como um gesto da preciosidade da vida fugaz. São estas imagens têxteis impressas de flores escaneadas, que convertem meu trabalho em um rico, luxuoso e esplêndido envelope, assim devolvido como reconhecimento, apreço e recordação àqueles que, traumaticamente, desapareceram.
Descrição:
A obra é composta por 18 elementos de tecido de diferentes alturas, com aplicação de impressão digital.
A instalação é formado por duas camadas, cada uma com 9 peças, sendo a anterior linho e posterior, seda.
Dimensões gerais:
520 x 1200 x 40 cm
