BELÉM, BRASIL 1964
VIVE E TRABALHA EM SÃO PAULO, BRASIL
Claudio Cretti é escultor, desenhista, professor e cenógrafo. Entre 1981 1983 estudou no Instituto de Arte e Decoração (Iade), SP e em 1984 ingressou no curso de artes plásticas da Escola de Belas Artes, abandonando o curso no mesmo ano. Em 1985 começa a trabalhar com o Grupo de Arte Ponkã, dando início a um período dedicado ao teatro e a performance. A partir de 1989 dedica-se a uma pesquisa visual voltada para o desenho e a escultura. Sua abordagem na arte propõe intermediações entre o bi e o tridimensional. Na década de 1990, entre os grandes relevos produzidos pela colagem de camadas de papéis recobertos por pigmento e suas primeiras esculturas em mármore ou madeira, há um diálogo estabelecido por meio da textura, do volume e do caráter planar. Já os pequenos relevos posteriores em fibra de vidro, transitam entre a definição de pintura e objeto. Os desenhos com bastão oleoso da década de 1990 também dialogam com a produção escultórica pela densidade da matéria e o caráter estrutural das formas. TRECHO DO LORENZO MAMMI Não é possível nomear com exatidão as formas que compõem seus trabalhos. Mesmo os títulos das obras, muitos extraídos da literatura, funcionam como um arranjo improvável para definir algo novo, nomeiam não as formas em si, mas as relações que estabelecem.
A partir dos anos 2000 os grupos de trabalhos, ou séries, ganham contornos mais orgânicos e estabelecem um diálogo entre natureza e cultura abrindo possibilidades na relação de materiais díspares conectados de diversas maneiras criando “objetos-coisa” que nos remetem a funcionalidade perdida de uns e o ganho de novas relações dadas por essa justaposição de elementos. TRECHO DA ANA AVELAR.
Dentre suas exposições individuais recentes destacam-se : Céu Tombado, Paço das Artes, São Paulo, como artista convidado (2004); Onde pedra a flora, Estação Pinacoteca, São Paulo (2006); Luz de ouvido, Palácio das Artes, Belo Horizonte (2008); Coisa Livre de Coisa, Galeria Marilia Razuk, São Paulo (2011); Pandora, site specific no Palácio das Artes, São Paulo (2013); A Pino, performance no Redbull Station, São Paulo (2014).
Participou de mostras coletivas no Instituto Tomie Ohtake, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo, MAC – Universidade de São Paulo,entre outras. Em 2004, A TV Cultura e a rede SESI-SENAC realizam um documentário sobre sua produção para a série “O mundo da Arte”. Em 2009, a convite da Galeria Marilia Razuk , concebe e realiza a exposição coletiva Desenhar Lugares. No mesmo ano elabora a publicação “José Antonio da Silva” voltada para o público infantil, sobre a obra desse artista. Em 2011 realiza a curadoria da exposição Assim é, se lhe parecem no Paço das Artes, São Paulo. Em 2013 a Editora WF Martins Fontes lança o livro “Claudio Cretti”, uma seleta crítica da obra do artista.