Jogos atávicos: Amilcar de Castro, Antonio Bokel e Ricardo Homen

A partir de 10 de novembro até 12 de dezembro, a AM Galeria exibe em São Paulo a mostra Jogos Atávicos, exposição com curadoria de Ana Carolina Ralston que une produção artística de Amilcar de Castro, Antonio Bokel e Ricardo Homen. Além da exposição física, o público poderá visitar virtualmente, por meio do site da galeria.

Juntos e em diferentes períodos, os três artistas ressaltam a importância da produção que envolve o genuíno, sem se esquecerem das linhas, cores e proporções.

Aclamado principalmente por sua obra escultórica, o artista mineiro Amilcar de Castro (1920 – 2002) era diretor da escola Guinard, em Belo Horizonte, quando seu conterrâneo Ricardo Homen frequentava o espaço. A convivência incentivou Homen a aprofundar seus estudos na forma e na cor, fazendo de sua trajetória um desdobramento da linguagem neoconcreta, que posteriormente o levou a desenvolver suas reconhecíveis pinturas-objeto. 

Outro aspecto da obra de Ricardo Homen é a conversa com a tradição da arquitetura popular e a urbanidade periférica, que dialoga com a reflexão sobre o espaço urbano presente na produção de Antonio Bokel. Arqueólogo da cidade, encontra nas texturas e marcas da civilização contemporânea as referências que transpõe em suas criações.

Bokel, assim como Amilcar de Castro, transita por diversos gêneros artísticos, como o desenho, a pintura e a escultura em um jogo de ilusão de ótica. O material rígido se contrapõe à leveza do objetivo que mimetiza. A desconstrução das linhas é produzida pelo spray, que rompe a barreira entre os universos da arte contemporânea.

O gesto, a forma e a matéria unificam-se aqui, na AM Galeria, para acompanhar três diferentes formas de criar, mas com um objetivo em comum, a de desenvolver uma linguagem tão profunda que retorna a tocar o mais atávico que temos em nós: a simplicidade”, reflete a curadora. 

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