A AM Galeria de Arte tem o prazer de apresentar a exposição individual do pintor paulistano Nelson Screnci na cidade de Belo Horizonte.
Acordes Cromáticos traz uma série de pinturas inéditas feitas especialmente para a exposição.
Mais abstrato e colorido. É desta forma que Nelson Screnci, autor da tela ‘Metamorfose de Excluído’, que faz parte do acervo do Museu de Arte de São Paulo (MASP), descreve as obras da exposição Acordes Cromáticos. A mostra, que conta com cerca de 30 pinturas de diferentes tamanhos, segundo o artista, é uma reflexão sobre a paisagem urbana e natural, com representação de matas, nuvens, prédios e bibliotecas. As telas fazem referência às formas dos objetos criados pelo homem em contraposição ao desenho circular da natureza. Mas, o que há em comum entre coisas aparentemente tão díspares como prédios, bibliotecas, nuvens e florestas? O que faz com que imagens retratando coisas tão diferentes pareçam estar falando da mesma coisa? O que as une, enfim?
A resposta para essas perguntas estão ao longo dos quase 35 anos de carreira do artista. Suas inspirações o levaram para esse caminho. Screnci, um estudioso da história da arte é conhecido por sua paixão em fazer releituras das obras que mais despertam o seu interesse.
“Desta maneira, é possível adivinhar nas nuvens um pouco dos céus de Post e Guignard; nas bibliotecas as lições de Vieira da Silva e Sean Scully; nas fachadas coloridas dos prédios as lições de Tarsila e Volpi, assim por diante. Mas isto também não é suficiente para esclarecer a fatura de uma nova obra, pois permanece em tudo uma interpretação muito pessoal de alguns dos trabalhos desses mestres”, explica o artista.
De acordo com ele, as obras dialogam entre si, independentemente do assunto em foco. Não tanto pela temática escolhida, mas pelo que propõe enquanto pintura, como a articulação de cores e suas combinações, na busca de sutis e quase impalpáveis tonalidades, que podem ser percebidas nas últimas camadas, as mais delicadas. E está aí a razão para o título e para a proposta da exposição. “Quis e desejo transformar cores que, experimentadas ao extremo, fiquem carregadas de intenções líricas. É o sonho maior, sempre pretendido por quem cria, de fazer poesia. Poesia pintada!”, completa Nelson.