04/10/2021

04/10/2021

Maria Lira Marques no Jornal O TEMPO

Artista mineira Maria Lira inaugura mostra ‘Meus Bichos do Sertão’

A exposição, que conta com texto de Rodrigo Moura, apresenta uma parcela do acervo que a artista vem realizando em barro sobre papel
Por DA REDAÇÃO

A partir deste sábado, a exposição gratuita ‘ Meus Bichos do sertão’, da artista mineira Maria Lira Marques, poderá ser vista, na AM Galeria. A mostra, que conta com texto de Rodrigo Moura, apresenta uma pequena parcela do imenso acervo que, há décadas, Maria Lira vem realizando em barro sobre papel. Herdeira e vizinha dos maxacalis, povo originário daquelas paragens do nordeste de Minas Gerais, Maria Lira “cresceu, assim como eles, desconhecendo fronteiras muito estritas entre o que se chama vida ou aquilo que identificamos como arte – seja na religião, na festa, na organização comunitária ou na vida doméstica”, destaca Rodrigo.

O professor e crítico de arte Agnaldo Farias ressalta que Maria Lira escava a terra ao mesmo tempo em que escava nosso imaginário, “conectando-o ao sentimento irrefreável que, num impulso ancestral, levou o ser humano a fixar em pedras, em paredes de caverna, as suas imagens do mundo, misterioso e fugidio, e que ele pretendia magicamente capturar”.

Técnica

Maria Lira utiliza uma técnica original de pintura, na qual emprega diversos pigmentos minerais, os mesmos utilizados na cerâmica, misturados numa têmpera-cola aplicada com firmeza sobre o papel. A matéria prima utilizada por ela é recolhida da natureza, dos cupinzeiros brutos e do pedregulho duro. As cores em tons terrosos, como laranja e bege, criam um jogo de contraste nas peças.

A artista foi trazida à AM Galeria de Arte pela mão da poetisa Lélia Coelho Frota. “E que luz emite Maria Lira!, autodidata sequiosa por leituras em História e Filosofia, dedicada a ensinar ao povo do vale do Jequitinhonha, onde vive, as infinitas possibilidades da linguagem plasmada no diálogo entre barro e fogo”, diz Agnaldo.

Cultura popular

Além de ser uma artista, Maria Lira Marques é também pesquisadora, ativista e divulgadora da cultura popular do Vale do Jequitinhonha, onde desenvolveu um longo trabalho em colaboração com Frei Chico, frade holandês radicado no Brasil. Com ele, esteve à frente do Coral Trovadores do Vale, cujo repertório era formado pelo cancioneiro da região. Em 2010, fundaram o Museu de Araçuaí, com o objetivo de abrigar um acervo de objetos e documentos que registram a religiosidade, os usos, costumes e os ofícios que constituem a história da região, um dos principais pólos de cultura popular do país.

Serviço:

Exposição: Meus Bichos do Sertão – Maria Lira Marques
Data: 25 de setembro a 23 de outubro
Local: AM Galeria de Arte | Rua do Ouro, 136, Serra
Horário de abertura: Sábado  das 11h às 16h
Horário: Segunda a sexta, de 12h às 19h. Aos sábados, 12h às 14h
Entrada: Gratuita
Agendamento: O agendamento pode ser feito pelos números: (31) 3223-4209 e (11) 99233-1138.

Fonte: Jornal O TEMPO
Link original: https://www.otempo.com.br/diversao/artista-mineira-maria-lira-inaugura-mostra-meus-bichos-do-sertao-1.2546639

04/10/2021

Agenda Revista DASARTES | Maria Lira Marques

A partir do dia 25 de setembro, estará aberta a exposição gratuita ‘ Meus Bichos do sertão’, da artista mineira Maria Lira Marques, na AM Galeria, em Belo Horizonte. A mostra, que conta com texto de Rodrigo Moura, apresenta uma pequena parcela do imenso acervo que, há décadas, Maria Lira vem realizando em barro sobre papel.

Herdeira e vizinha dos maxacalis, povo originário daquelas paragens do nordeste de Minas Gerais, Maria Lira “cresceu, assim como eles, desconhecendo fronteiras muito estritas entre o que se chama vida ou aquilo que identificamos como arte – seja na religião, na festa, na organização comunitária ou na vida doméstica”, destaca Rodrigo.

Já o professor e crítico de arte, Agnaldo Farias, ressalta que Maria Lira escava a terra ao mesmo tempo em que escava nosso imaginário, “conectando-o ao sentimento irrefreável que, num impulso ancestral, levou o ser humano a fixar em pedras, em paredes de caverna, as suas imagens do mundo, misterioso e fugidio, e que ele pretendia magicamente capturar”.

TÉCNICA

Maria Lira utiliza uma técnica original de pintura, na qual emprega diversos pigmentos minerais, os mesmos utilizados na cerâmica, misturados numa têmpera-cola aplicada com firmeza sobre o papel. A matéria prima utilizada por ela é recolhida da natureza, dos cupinzeiros brutos e do pedregulho duro. As cores em tons terrosos, como laranja e bege, criam um jogo de contraste nas peças.

A artista foi trazida à AM Galeria de Arte pela mão da poetisa Lélia Coelho Frota, uma das pioneiras no reconhecimento, defesa e luta em favor da inteligência do povo brasileiro. “E que luz emite Maria Lira!, autodidata sequiosa por leituras em História e Filosofia, dedicada a ensinar ao povo do vale do Jequitinhonha, onde vive, as infinitas possibilidades da linguagem plasmada no diálogo entre barro e fogo”, diz Agnaldo.

CULTURA POPULAR

Além de ser uma artista, Maria Lira Marques é também pesquisadora, ativista e divulgadora da cultura popular do Vale do Jequitinhonha, onde desenvolveu um longo trabalho em colaboração com Frei Chico, frade holandês radicado no Brasil. Com ele, esteve à frente do Coral Trovadores do Vale, cujo repertório era formado pelo cancioneiro da região. Em 2010, fundaram o Museu de Araçuaí, criado com o objetivo de abrigar um acervo de objetos e documentos que registram a religiosidade, os usos, costumes e os ofícios que constituem a história da região, um dos principais pólos de cultura popular do país.

Link origonal: DASARTES

04/10/2021

Agenda Revista DASARTES | GRUPO “ENTRE” + DESALI

AM Galeria SP apresenta pela primeira vez o Grupo “Entre” + Desali. Com abertura nesta quarta-feira, 15 de setembro, das 16h às 20h.

A exposição será composta por fotografias e vídeo-instalações das ações de intervenção urbana e esculturas efêmeras que o Grupo “Entre” realiza nas ruas de Belo Horizonte desde 2006. Paralelo a esse trabalho também serão expostas obras do artista Desali, que faz parte do Grupo, alguns trabalhos inéditos feitos em técnica mista, pinturas geométricas em madeira e desenhos em jornal realizados ao longo da pandemia em 2020.

SOBRE GRUPO ENTRE ASPAS

Entre Aspas é um coletivo baseado na criação de instalações que questionam a mobilidade, a convivência e a socialização no espaço urbano. Em ação nas ruas de Belo Horizonte, o coletivo de intervenção urbana desenvolve trabalhos a partir de material reciclado, sempre com resultados provocativos ou filosóficos. A partir de derivas noturnas pelo centro urbano, que vão até o dia amanhecer, desenvolve trabalhos com todo tipo de materiais encontrados nas ruas por onde passa, tais quais madeira, sacos de lixo, entulho de caçambas, entre outros. Portanto, transforma a rua em uma galeria de arte aberta e interativa. Os artistas Palestina, Loreno, Gton, Mário Rufino (in memoriam), Guima, Mosh e Desali são os integrantes mais assíduos do grupo ao longo dos anos.

SOBRE DESALI

Warley de Assis Rodrigues (Desali) é formado e pós-graduado em Artes Plásticas pela Escola Guignard, UEMG. Seu trabalho transita por múltiplas linguagens, como a pintura, a fotografia, a ação performativa e o vídeo. Marcada pela subversão das hierarquias tanto artísticas quanto sociais, a sua obra faz com que os resíduos da cidade, as memórias mais ínfimas ou mesmo o lixo possam ter valor artístico, assim como a figura do artista é vista com ironia e tratada de modo comum. Desali atua para promover contato entre a periferia, as camadas sociais desfavorecidas e o universo da arte, questionando as instituições artísticas tradicionais e as contaminando com a energia da rua.

 

Link original: DASARTES