Maria Helena Coelho Andrés Ribeiro, artista plástica, escritora e arte-educadora nasceu em Belo Horizonte em 1922. Iniciou sua formação artística nos anos 1940, estudando com Carlos Chambelland no Rio de Janeiro, com Alberto da Veiga Guignard em Belo Horizonte e, nos anos 1960, com Theodoros Stamos em Nova York. Lecionou desenho na Escola Guignard, tendo sido sua diretora em 1965 e atualmente é professora emérita dessa Escola.
A partir dos anos 1970, iniciou os trabalhos de integração cultural entre o Oriente e o Ocidente. Realizou várias viagens à Índia, onde participou de seminários e festivais de arte, proferiu palestras e iniciou estudos comparativos entre o Brasil e a Índia. Na década de 1990 integrou o corpo docente da Universidade Holística Internacional de Brasília, onde ministrou vários workshops para o Curso de Formação Holística de Base.
Nos anos 1940/50 participou de vários Salões de Belas Artes. Em Belo Horizonte recebeu Prêmios de Desenho no IV, V, XIV, XV e XVII Salões de Belas Artes (1943, 1944, 1959, 1960 e 1962); Menção Honrosa no VI Salão de Belas Artes (1945) e Grande Prêmio do Estado de Minas Gerais (1950). No Rio de Janeiro foi contemplada com Menção Honrosa nos XLIX e LII Salões Nacionais de Belas Artes (1943 e 1948); Medalha de Bronze no LVI Salão Nacional de Belas Artes (1951); Certificado de Isenção de Júri no I Salão Nacional de Arte Moderna (1952), e Prêmio de Aquisição nos II e VII Salões Nacionais de Arte Moderna (1953 e 1958). Recentemente recebeu várias homenagens e prêmios onde destacam-se: Professora Emérita da Escola Guignard, Belo Horizonte (2017) e Prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), São Paulo (2017).
Participou de várias Bienais Internacionais de São Paulo: I, II, III, V, VI (Certificado de Isenção de Júri), VII, IX, XII (Sala Especial – Arte Construída) e XX (Sala Especial – Pintura Abstrata – Efeito Bienal 1954-1963).
Ao longo de sua trajetória artística realizou várias exposições individuais e coletivas, no Brasil, nos EUA, na Europa e na América Latina, entre outras, Dimensions of Constructive Art in Brazil – The Adolpho Leirner Collection, no MFAH (The Museum of Fine Arts, Houston), em Houston (2007). Realizou quatro exposições retrospectivas em Belo Horizonte: Maria Helena Andrés, no Museu de Arte da Pampulha (1959); Três Décadas de Maria Helena Andrés, no Museu de Arte da Pampulha (1974), Maria Helena Andrés: 1944-1994, no Palácio das Artes (1994) e Maria Helena Andrés: Linha e Gesto no Palácio das Artes (2009).
Possui obras nos seguintes acervos públicos nacionais: Museu de Arte da Pampulha (MAP), Museu Mineiro, Prédio Júlio Soares (Cemig); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fundação Clóvis Salgado, Escola Municipal Herbert José de Souza e Escola Municipal Adauto Lúcio Cardoso, em Belo Horizonte; Ermida do Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG); Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins (MG); Prefeitura da Cidade de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo e Museu de Arte Contemporânea da USP, em São Paulo; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes e Igreja Nossa Senhora de Copacabana, no Rio de Janeiro; Fundação Cidade da Paz, em Brasília. No exterior suas obras integram os seguintes museus e coleções: The Phillips Collection e Brazilian American Cultural Institute, em Washington DC (EUA); The Museum of Fine Arts, Houston (MFAH), em Houston, no Texas (EUA); New Mexico Museum of Art, em Santa Fé, Novo México (EUA) e Institut Valencià d’Art Modern, em Valência (Espanha).
Publicou os livros: Vivência e Arte, Rio de Janeiro, Livraria Agir Editora (1966); Os Caminhos da Arte, Petrópolis, Vozes (1977) e Belo Horizonte, Editora C/Arte (2000 e 2015); Oriente-Ocidente – Integração de Culturas, Belo Horizonte, Morrison Knudsen, (1984); Encontro com Mestres no Oriente, Belo Horizonte, LuzAzul (1993); Maria Helena Andrés – Depoimentos, Belo Horizonte, C/Arte – Coleção Circuito Atelier (1998); Maria Helena Andrés, Belo Horizonte, C/Arte (2004); Reflexões sobre arte (e-book), Belo Horizonte, IMHA (2021). Fortuna Crítica de Maria Helena Andrés (e-book), Belo Horizonte, IMHA (2021).
Participou como ilustradora dos livros: Pepedro nos Caminhos da Índia, de Aparecida Andrés; Ondas à Procura de Mar, de Pierre Weil; Vida Integral, e Caminhos de Luz de Célia Laborne Tavares; Rio das Velhas. Memórias e Desafios e Os Descaminhos do São Francisco, de Marco Antônio Coelho e A Água Fala de Maurício Andrés e Aparecida Andrés.
Em 2005 foi criado o Instituto Maria Helena Andrés (IMHA) em Entre Rios de Minas, hoje com sede no Condomínio Retiro das Pedras, em Brumadinho-MG (www.imha.org.br).
O Instituto tem como objetivo catalogar, conservar e divulgar a obra da artista, além de promover ações e intercâmbios culturais no Brasil e no exterior. Através do IMHA foram realizados vários vídeos e lives sobre a artista e o documentário Maria Helena Andrés. Arte e Transcendência, dirigido por Evandro Lemos e Danilo Vilaça (2018).